terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Mercearias Finas 66 : Vino Nobile di Montepulciano


Em diversos domínios, algumas coisas aprendi neste 2012, prestes a acabar. Até aqui, de vinhos estrangeiros, considerava particularmente dois: o Châteauneuf-du-Pape (francês) e o Barolo (italiano). Pois, agora, acrescentei, por mérito indiscutível, mais um vinho tinto italiano: o Vino Nobile di Montepulciano. Que à pujança do Barolo, associa uma flexibilidade de gosto que acompanha vários pratos, mas também uma elegância muito semelhante aos nossos melhores vinhos do Dão. Da Toscânia, é produzido nas cercanias da cidade de Montepulciano e há documentos do séc. VIII que já referem a sua excelência. O lote é composto pela casta Sangiovese, maioritária (cerca de 70%), com Canaiolo Nero (à volta de 20%) e o restante provém da casta Mammolo. Também há Montepulciano dos Abruzzo, mas não é tão bom, nem devemos confundi-los. O original fica em barricas, no mínimo, 2 anos, e pode ter uma longevidade que vai de 10 a 20 anos - é, por isso, um vinho tinto de guarda.
Nos meses de Novembro e Dezembro, tive ocasião de provar 3 marcas de Montepulciano e todos os vinhos eram muito bons. Acompanharam um Ossobuco à Romana, uns filetes de Rodovalho com molho de mostarda e uma tábua de queijos (ingleses, franceses e açorianos). Nas três ocasiões, o vinho italiano portou-se lindamente. Não sei se se conseguirá comprar em Portugal mas, com alguma dificuldade, eu distinguiria o que vai na imagem que encima este poste. Era da colheita de 2009, tinha 13,5º, e custou, num pequeno supermercado alemão, 5,99 euros. Merecia-os bem. Foi o que acompanhou os queijos.

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