sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

As parvas crendices


Ainda não foi desta que o Mundo acabou. A morte de cada um é o fim do mundo, para cada qual. Mas o que será que motiva um fabiano a pré-anunciar a destruição colectiva da Humanidade? O desejo de não ir sozinho, a ânsia de protagonismo espectacular, a astrofobia? Eu julgo que, basicamente, uma crença irracional estúpida e um medievalismo mental desarranjado. Propagandeados, depois, pelas cabecinhas ocas dos media que, às vezes, têm falta de assuntos.
Desta vez, o fabiano aldrabão e catastrofista veio da América - onde o grande avanço tecnológico e científico anda paredes meias com uma ignorância rústica e cavernícola - e tem nome. Chama-se Jose Argüelles, através do livro "O factor Maya", publicado em 1987. Que, para além de interpretações delirantes e abusivas, se dignou, com pompa e circunstância, marcar para hoje, 21 de Dezembro de 2012, o fim do mundo, baseando o facto nos Codex mayas. O fabiano Argüelles juntou-se assim ao grupo de charlatães onde pontifica o conhecido Nostradamus.
Que venha o próximo aldrabão!

Nota: em imagem, reprodução do Codex Troana (Maya), representando a deusa da Tempestade.

7 comentários:

  1. Desta vez, serei intransigente e não darei o benefício do tempo ou da dúvida..:-)))

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  2. Uma posta na mesma linha (até gráfica) da que coloquei no Linguado hoje.
    Também não acredito nesta coisa dos Maias, mas que o meu calendário de termina a 6 de janeiro, lá isso termina...

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  3. Pelo menos, há prolongamento de "jogo", o que não é mau...

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  4. Auspiciosamente, retribuo, Miss Tolstoi!

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