sexta-feira, 23 de março de 2012

Poema inédito de António de Almeida Mattos



Só à beira do abismo a vida faz-se
instante. O tempo corre muito lento.
Na memória do momento o sol promete
um brilho que se teme que arrefeça.
É um aturdimento, quase névoa
por tudo que em esperança se contava.
E depois vem a mão que nos segura.
Pouco a pouco tornamos a correr
à beira-mar e temos horizontes.
Voltamos a sorrir de ser contentes,
acabamos a chorar de gratidão.

Porto, 22/3/2012

para o Prof. Jorge Ferreira.

4 comentários: